domingo, 3 de maio de 2009

Não se turbe o vosso coração...

Problemas...
Independente da gravidade e da proporção, problemas são inerentes à rotina humana. É comum sempre possuírmos algo para nos preocupar. Algo que insiste em nos roubar a paz, que nos aflige e desfalece nossos pés na caminhada. Seja em que área for, desconheço alguém que nesse exato momento não tenha uma dificuldade a superar, abismos sem pontes para transpor, problemas cuja solução advém de uma força maior que nós mesmos, o mover do dedo do Pai Celestial.
No evangelho segundo Mateus, capítulo 11 versículo de 28 a 30, apresenta uma passagem bíblica muito festejada pelos cristãos na TEORIA, no entanto esquecida na prática. Nela Jesus disse:
"28
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
30
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."


Por vezes nos sentimos oprimidos e cansados na lida diária por nos preocupar com coisas que fogem ao nosso controle natural, em vez de se achegar a Deus com confiança para que Ele nos alivie de nossa própria carga, de nossas aflições e inconstâncias espirutuais ("Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. "- Hebreu 4:16). E assim ao nos despojar do peso vão que anelamos carregar, troquemos pelo jugo suave de Cristo.
Em Lamentações de Jeremias, capítulo 3 versículo 27 e 28, há uma prescrição quanto a forma de enfrentarmos os problemas, eis o texto in verbis:

"27
Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.
28
Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele."


Jeremias nos exorta a despojarmos de nossas cargas, ou seja, preocupações quanto a solução dos problemas que pertencem apenas a Deus resolver, e O qual fará de uma forma que a nossa mente limitada jamais ousou imaginar.
Preocupações não diminuirão o tamanho do problema e muito menos nos trará paz.
A paz, o alívio que nossa alma procura incessantemente está em tomar o jugo de Deus (Mateus 11:29), que é a submissão à sua disciplina e a disposição em aprender o que Ele deseja nos ensinar através das dificuldades que se desenrolam ao longo de nossa caminhada.
Negar o fato de que existe um motivo maior para as adversidades que enfrentamos não é apenas tolice, é uma auto-flagelação insana. É válido ressaltar para os fugitivos de plantão, que as fugas apenas retardam um aprendizado inevitável. E para os questionadores, averiguem a colocação de suas perguntas. Os "Por que(s) Deus?" podem até ser respondidos vez ou outra, mas os "PARA QUE DEUS?", estes sim, são questionamentos imprescindíveis de respostas para Deus. Pois este tipo de indagação envolve uma atitude de submissão por quem o faz.
Jeremias em seu livro acima citado disqõe quanto ao "assentar-se solitário e ficar em silêncio". Possuímos a malígna tendência de nos comportarmos como vítimas de um Deus tirano, resultando em murmurações. Creio que possamos ser vítimas diante dos homens que em um disparate possam a vir nos condenar, sem conhecer a razão do trabalho divino em nossas vidas, tal como Jó, mas nunca seremos vítimas para com Deus. Tudo o que o Pai permite acontecer em nossas vidas é com um propósito. O inimigo de nossas almas não tem o poder de nos fazer nada (Isaías 54:17), sem que Deus o permita.
Então meu(minha) querido(a) irmão(ã) antes de balbuciar qualquer coisa que seja, murmurar, entenda através de um silêncio reflexivo e solitário ( 1 Reis 19: 11 - 12) o que Deus tem para você através deste problema. E quando descobrir, que você não venha questionar o tempo que essa adversidade se delonga em sua vida. A paciência e confiança são dois exercícios rotineiros que nosso mestre nos aplica no intuito de nos aperfeiçoar dia após dia.
Prossiga, não pare em meio a auto-piedade ou esforços humanos na busca de soluções terrenas. Deus não divide a glória dEle com ninguém, seus esforços apenas fará você dar voltas em torno da mesma montanha.
Creia, a solução, a tua vitória chegará:

"31
Pois o Senhor não rejeitará para sempre.
32
Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.
33
Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens."
- Lamentações 3: 31 - 33.

Shalom.

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